A INCLUSÃO EDUCACIONAL E ESTRATÉGIAS DE APOIO AO PROFESSOR

A INCLUSÃO EDUCACIONAL E ESTRATÉGIAS DE APOIO AO PROFESSOR

 Angela Cordeiro da Silva
Resumo
            Este artigo tem a pretensão de apresentar um relato do projeto de intervenção realizado na Escola Estadual Ary Pereira Borges que retratou a questão da inclusão educacional e a falta de preparação dos professores e funcionários que se sentiam angustiados com o grande numero de alunos portadores de necessidades educacionais especiais nas salas regulares do 1º ao 5º ano. Com o objetivo de melhor preparar os professores, foi realizado uma intervenção através de momentos de estudos com a técnica secretaria de educação responsável pela Educação Especial e elaboração do planejamento coletivo com envolvimento da equipe diretiva e coordenação pedagógica da professora da Sala de Recurso e trabalho com o lúdico (sugestões de jogos e brincadeiras). Estar mais bem preparado fez com os professores se sentissem mais otimistas e motivados para enfrentar os desafios da inclusão e buscarem inclusive o envolvimento e a participação da comunidade.

Palavras-chave: Inclusão. Planejamento. Estudos.

Sumary
This article purports to present an account of the intervention project conducted in the State School Ary Borges Pereira who portrayed the issue of educational inclusion and lack of preparedness of teachers and workers who felt distressed by the large number of students with special educational needs regular classrooms in the 1st through 5th grade. Aiming to better prepare teachers, an intervention was conducted through moments of technical studies in the Department of Education responsible for Special Education and elaboration of collective planning with staff involvement policy and coordination of educational teacher resource room and work with the playful (suggestions of sports and games). Be better prepared teachers made them feel more optimistic and motivated to face the challenges of inclusion and even seek the involvement and participation of the community.

Keywords: inclusion. Planning. Studies.

Introdução
            Neste mundo globalizado de grandes transformações científicas e culturais grandes desafios se apresentam para o homem e a educação surge como uma necessidade indispensável à humanidade na sua construção da paz, da liberdade e da justiça social. Cabe a escola o papel de criar condições que viabilizem a cidadania através da socialização da informação e da transformação.
A Escola Estadual Ary Pereira Borges está situada à Rua 03, S/Nº, setor Aeroporto, no perímetro urbano, na cidade de Almas distante de Palmas, capital do Tocantins,  300 km. Possui uma área de 4.761,02 m2, sendo afastado do centro da cidade, o e-mail é aaeeapb@ul.com.br. Sua criação se deu através da resolução nº 033/97 e a Lei nº 862/92, da Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins, tendo como referência normativa o Regimento Escolar da Secretaria da Educação e Cultura bem como o Código de Conduta próprio da escola.
A U.E. oferece o Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano do ensino regular e participa do Programa Circuito Campeão, com 08 turmas, e tem uma sala de recurso onde atende  duas turmas de alunos portadores de necessidades educativas especiais, matriculados na escola e de outras escolas também.
            Atualmente a U.E. conta com uma equipe de docentes com nove  professora,s todas com curso superior, sendo um pedagoga e oito normalistas (Normal Superior), duas trabalham trinta horas semanais e as demais  trabalham quarenta horas semanais, todas as professores possuem mais de dois anos de experiências em sala de aula.
            O número de crianças portadoras de deficiências na cidade de Almas  que estão fora da escola é grande, sendo que depois que foi implantada a Sala de Recurso há três anos os pais se sentiram mais otimistas e seguros para matricular os filhos com a esperança que eles pudessem ser inclusos e a Escola Ary Pereira Borges, a cada dia que passa atende mais esses alunos, pois de um total de cento e oitenta alunos matriculados, vinte são portadores de alguma deficiência totalizando 36% da clientela atendida. Apesar da insegurança dos professores em trabalhar com esses alunos, os pais gostam da escola e do atendimento, principalmente na Sala de Recurso e se sentem à vontade para colocar os filhos na referida escola, pois os professores se esforçam para atender os alunos da melhor forma possível.

Nesse prisma o trabalho de formação com os professores sobre inclusão foi proposto no projeto de intervenção devido as angústias, preocupações e insegurança em realizar algumas atividades em sala de aula e por não saberem lidar com determinadas situações com os pais e os próprios alunos. Surgiu então, a necessidade de um olhar mais criterioso, pois, sempre eram abordadas essas dificuldades, identificando a necessidade da formação o que capacitaria os professores, que se sentiam com dificuldades para conduzir a Inclusão dentro da sala de aula regular, visto que apenas professores da Sala de Recurso recebem formação e realizam o planejamento juntamente com outros professores que atendem essa clientela que e a técnica da Educação Especial, deixando sem orientações os professores da sala regular de Ensino.
 Existe conhecimento desta necessidade por parte do Ministério da Educação - MEC, que neste sentido, tem disponibilizado material para orientar e capacitar os professores através das Salas de Recursos, com sugestões de estratégias a serem utilizadas junto às crianças e jovens com deficiências, leis que amparam e garante a matricula e permanência desses alunos, porém, apenas para professores das Salas de Recursos, motivo pelo qual foi planejado no Projeto Político Pedagógico da escola para dar suporte financeiro ao projeto de intervenção, oferecendo este ano capacitações e oficinas para os professores das salas regulares de ensino, uma vez que são eles que permanecem o período inteiro com os alunos em sala de aula.
Com base na problemática encontrada foram realizadas reuniões para levantar as principais dificuldades dos professores, de acordo com o levantamento foi observado que havia necessidade de melhorar o planejamento das aulas com um maior acompanhamento da equipe pedagógica. A professora da sala de Recurso propôs realizar coletivamente o planejamento uma vez por semana com a presença e apoio da equipe.
Foi realizada oficina para confecção e seleção de atividades diferenciadas, confecção de jogos adaptados, jogos pedagógicos, trocas de experiências e auto-avaliação dos resultados obtidos por meio do projeto de pesquisa. O lúdico facilita e enriquece a brincadeira e a aprendizagem, além, de oportunizar o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe desafios e motivação. Ao brincar a criança desenvolve o pensamento lógico, a concentração e a atenção, o que contribui para a formação da personalidade do indivíduo, sendo inclusive indispensável à saúde física, emocional e intelectual.
A interação social implícita nos jogos fornece uma alternativa para os professores como recurso para o encontro de respostas certas. Quando as crianças discutem quais as respostas estão certas, elas tornam fonte da realidade e as crianças desenvolvem confiança em sua própria habilidade para descobrir as coisas. Entretanto, uma vez que os desafios são imediatos, as crianças têm possibilidade de defender e/ou corrigir seu próprio processo de pensar. (KAMII, 1994).
A educação deve ser entendida como uma condição necessária para assegurar a construção do conhecimento cientifico das crianças e jovens, contribuindo progressivamente para a formação de cidadãos capazes de responder aos desafios colocados pela realidade e nela intervir.
 Nesse sentido o Projeto Político Pedagógico da U.E. almeja refletir, definir estratégias, metas, ações e prioridades com a finalidade de superar obstáculos e contemplar idéias possíveis de serem efetivadas, bem como, aproximar o ensino à realidade e necessidade do aluno, acolhendo a todos por igual sem discriminação para a melhoria  na qualidade do processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Com ações planejadas no PPP foi possível realizar um trabalho participativo e coletivo com o envolvimento de todos os funcionários da U.E., assim como, integrar as famílias no âmbito escolar para contribuir com as tomadas de decisões, envolverem a comunidade externa através de representações e equipe da diretoria Regional de Ensino, pois, acredita-se que somente com o compromisso de todos haverá mudança na qualidade do ensino e na aprendizagem.

Desenvolvimento
Desenvolver estratégias para atendimento das necessidades de formação e preparação dos professores das salas regulares de ensino da educação especial na escola, foi considerado como um conjunto de recursos educacionais e de apoio que a equipe e todos os alunos esperavam para melhorar o atendimento no processo ensino e aprendizagem.
             Para a intervenção do projeto de pesquisa, a escola vivenciou o processo de conhecimento sensível da realidade da escola de forma organizada com situações de aprendizagens motivadoras, desenvolvendo oficinas de jogos pedagógicos, momentos de estudos com textos reflexivos além de dinâmicas.
            Foram feitas várias pesquisas, em livros e coleções de educação inclusiva, preenchimento de ficha com as principais dificuldades dos professores, e um quadro com coleta de dados na escola com a distribuição por deficiências para propor sanar ou minimizar a problemática enfrentada pelos professores, a partir daí foi realizado um cronograma de atividades com dinâmicas motivadoras, leituras de livros, conversas, oficinas, questionamentos e modelos de atividades e fichas avaliativas dos professores com alunos especiais inseridos nas salas regulares de ensino.
             A Educação Especial prevê uma rearticulação da educação no sentido de providenciar estratégias e métodos que dêem conta do atendimento às crianças com necessidades especiais. E que estes instrumentos possam ser absorvidos e utilizados não só pela criança especial, mas por toda comunidade escolar.
 “A educação especial no Brasil segue os pressupostos formulados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que define a educação especial como modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais. A educação especial é uma modalidade de educação considerada como um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos como alternativas de atendimento.” (definição dada pelo MEC).
As diretrizes de inclusão estão presentes nas leis e estatutos atuais que, de alguma forma, abordam a questão escolar, estão presentes na Constituição Federal, nas leis estaduais e municipais, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Lei de Diretrizes e Base da Educação. Estes documentos são unânimes na prerrogativa de uma educação para todos e de que crianças com necessidades educacionais especiais devam ser inseridas preferencialmente na rede regular de ensino. Portanto, a obrigação da escola em receber crianças com necessidades educacionais especiais é uma obrigação legal, havendo inclusive penalidade para quem a descumprir.
A lei n. 7.853, de 1989, prevê que é crime a recusa, por parte da escola, de não matricular uma criança com deficiência.
 Observa-se que algumas escolas pelo menos no interior, ou lugares com menos acesso, recebem os alunos para respeitar as leis, no entanto, não realizam um trabalho diferenciado e não se aprofundam em assuntos ou estudos direcionados, a inclusão com qualidade conseqüentemente não consegue lidar com alunos que se distanciam de um padrão de aprendizagem e passam imediatamente a serem rotulados como deficientes e encaminhados a atendimentos especializados. Segundo Perrenoud 23,
            “A formação do professor implica uma ação pedagógica dinâmica que    envolve decisões que dependem de sua bagagem de saberes,      agilidades nos esquemas de ação, aliados a suas concepções e a             forma de olhar o mundo. A reação pedagógica pressupõe a relação         teoria e pratica”.

A sistematização de saberes e reconhecimentos de anseios e necessidades que correspondem à subjetividade do professor enquanto pratica, constitui-se na experiência e na ação concreta.
                                                                                          
Nesse sentido é imprescindível que os professores sejam capacitados e formados na área, que tenham passado por constantes períodos de estudos e reflexões e aceitado a missão de educar procurando dominar os conteúdos e saber lidar para fazer de fato acontecer à inclusão.
Para garantir o acesso e permanência dos alunos à inclusão social e seu direito à igualdade com um ensino de qualidade a escola utilizou-se de estratégias diferenciadas de ensino utilizando o lúdico como uma metodologia pedagógica atraente, que favoreceu o sucesso escolar dos alunos e professores como:
  • Formação continuada dos professores das salas regulares oferecidas pela DRE (Diretoria Regional de Ensino), através da técnica de educação especial, com encontros bimestrais,  com inicio em 2009 e continuando  em 2010;
  • Implantação de um atendimento satisfatório, sem descriminação, com a realização da matricula de alunos portadores ou não de deficiência;
  • Identificação e formação de hábitos e valores, que são fundamentais para a formação dos aspectos sociais, emocionais, morais, físicos e cognitivos da criança especial, utilizando os jogos e brincadeiras com o auxilio e envolvimento dos outros alunos e professores;
  • Desenvolvimento de dinâmicas e brincadeiras atraentes, capazes de enriquecer a prática em sala de aula, com aulas mais atrativas utilizando jogos, musicas, dança e brincadeiras diversas associadas aos conteúdos;
  • Promoção de encontros com professores para trocas de experiências e estudos sobre educação especial durante o planejamento coletivo, pesquisando, elaborando e selecionando atividades diferenciadas para serem trabalhadas com os alunos com a participação da professora da sala de recurso e acompanhamento pedagógico da diretora e suportes pedagógicos acompanhando passo a passo o planejamento.
As capacidades de atuação da equipe escolar precisavam se aperfeiçoar como diz C. CECCON (1982, p. 28):
     “Um agrupamento em capacidades cognitivas ou intelectuais, motoras,   de equilíbrio e autonomia pessoal (afetivas), de relação interpessoal e             de inserção e atuação social – têm a vantagem, de não aperfeiçoar             excessivamente o que, sem dúvidas, se encontra fortemente entre –       relacionado, ao mesmo tempo em que mostra a indissociabilidade, no         desenvolvimento pessoal, das relações que se estabelecem com os          outros e com a realidade social”.

Diante das metodologias trabalhadas no projeto de pesquisa, determinar os objetivos ou finalidades da educação consistiu em trabalhar em relação às capacidades que se pretende desenvolver nos alunos, de diferentes formas, de classificar as capacidades do ser humano que o sistema educativo deve levar em conta como um espaço de todos e para todos.
Em qualquer âmbito profissional, é fácil ver como há pessoas que se sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao trabalho, e isso faz com que superem outros colegas que possuem uma capacidade intelectual bastante elevada. Quase todas as pessoas desejaram chegar a uma situação profissional mais elevada e a maioria delas tem talento pessoal para conseguir e outros não conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida.
Para superar as dificuldades e as angústias da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que pode e deve conseguir. Por isso nas pessoas motivadas sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde as outras não a encontram, ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação, sendo essa satisfação que a equipe vem almejando. Para Telma Weisz:
“O professor é que precisa compreender o caminho de aprendizagem     que o aluno está percorrendo naquele momento e, em função disso,   identificar as informações e as atividades que permitam a ele avançar            do patamar de conhecimento que já conquistou para outro mais evoluído”.
 Ou seja, o professor deve atentar para as aprendizagens dos alunos e procurar desenvolver atividades observando as matrizes de habilidades especificas de acordo com as séries e de acordo com as necessidades de cada turma e as especificidades de cada um.
            Parece claro que nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e fatores emocionais que reforçam o seu entusiasmo e a sua persistência perante os contratempos normais da vida. Mas sabe-se também que os sentimentos nem sempre se podem produzir direta e livremente. A alegria e a tristeza não se podem motivar da mesma maneira que faz um ato de vontade. São sentimentos que não se pode governar como se governa, por exemplo, os movimentos dos braços e podem influenciar a alegria ou a tristeza, mas apenas de maneira indireta, preparando-lhes o terreno no nosso interior, estimulando ou repelindo as respostas afetivas que vão surgindo espontaneamente no coração.


Educar exige além dos saberes construídos, motivação.       

O otimismo é uma atitude que impede de cair na apatia, no desespero e tristeza perante as adversidades. Os otimistas têm tendência a considerar que os seus fracassos se devem a algo que pode transformar e que por isso será mais fácil, que na ocasião seguinte lhes saíram melhor às coisas.
A questão chave é que se vá em frente quando as coisas se mostram frustrantes. O otimismo é importante na vida de qualquer pessoa; e na tarefa de educar poder-se-ia dizer que é imprescindível, pois a educação, de certo forma, pressupõe o otimismo, pois educar é crê firmemente na capacidade de um homem melhorar os outros e de se melhorar a si mesmo.
Nessa perspectiva os professores demonstraram-se otimistas e dispostos a buscar novas metodologias para melhorar o seu trabalho em sala de aula foram humildes em reconhecer que sentiam dificuldades e não descartaram as oportunidades recebidas para que a educação realmente venha ser de qualidade.


Conclusão
A escola como instituição estabeleceu como meta à melhoria da qualidade de ensino e conseqüentemente a melhoria do ser humano e da capacidade de transformar a sociedade em que vive, investindo maciçamente no planejamento, ação esta, própria do ser humano.
Percebe-se, que para cumprir sua função social, a escola precisa considerar as práticas de nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica política, social, cultural, ética ou moral. Deve ainda considerar as relações diretas ou indiretas dessas práticas com os problemas específicos da comunidade, para que a escola alcance com sucesso os objetivos propostos.
            A partir da análise das dificuldades encontradas e da implementação do projeto de intervenção proposto para ser trabalhado com alunos portadores de necessidades educacionais, percebe-se que as propostas educativas dirigidas aos professores que trabalham com alunos especiais contaram com processos que descentralizaram, impulsionaram e organizaram, de forma democrática, a gestão das ações pedagógicas, administrativas e político-sociais, garantindo a participação da equipe de forma mais interessada no planejamento, execução e avaliação dos serviços educativos a ela destinados.  
Dessa forma, conclui-se que as estratégias para atendimento a essas necessidades, “o trabalho com estratégias e atividades lúdicas” pelo fato de ser uma atividade divertida facilitaram e promoveram à prática educativa, tornando o ensino e a aprendizagem uma prática dinâmica e integradora que valorizou o conhecimento, levando em consideração seu crescimento e desenvolvimento, levou as professoras a se conscientizarem que qualquer trabalho exige dedicação, pesquisa, esforço e ação, ação esta que exige tempo para pesquisas e estudos para uma boa prática pedagógica.
As atividades lúdicas sugeridas durante os momentos de trocas de experiências e nos planejamentos coletivos desenvolveram a capacidade dos educandos de engajarem-se de forma ativa e participante na atividade a eles propostas e possibilitaram à formação de conceitos e habilidades que foram atribuídas a construção dos conhecimentos, os estudos também possibilitaram uma maior aproximação da real situação enfrentada por todos os professores e puderam perceber que há necessidade de muitos estudos e pesquisas para que o trabalho seja realmente de qualidade, pois trabalhar com alunos especiais é uma tarefa que requer muitas habilidades, conhecimentos e estratégias, porque cada um exige uma atenção e cuidado diferenciado dos outros. 
O trabalho facilitou e enriqueceu a brincadeira, a integração entre os alunos e a aprendizagem, além, de oportunizar o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe desafios e motivação para a equipe pedagógica junto aos professores deixando-os mais otimistas com relação às metodologias de trabalho e diminuindo as angustias existente.
Portanto o projeto deve continuar em 2010 além de outras fontes que a escola pretende buscar para melhorar ainda mais o trabalho pedagógico dos professores no sentido de oferecer mais recursos e subsidios aos professores e alunos para uma melhor aprendizagem dentro das possibilidades de cada turma.
            Sugeriu-se que, com certa freqüência, os gestores, suportes pedagógicos e professores realizem visitas nas casas das famílias dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, para se interarem melhor da real situação e condições de vida que as famílias levam no dia a dia e, a partir daí, procurar meios de melhor trabalhar com esses alunos e pais.  Além de reuniões e estudos com professores foi traçado um cronograma de encontros mais freqüentes com as famílias e funcionários para mais estudos.
            Numa outra frente, buscou-se tornar a escola mais agradável e atrativa e o currículo mais próximo das necessidades dos alunos e de suas famílias.
            Conclui-se, portanto que os professores se sentiram mais otimistas e com mais esclarecimentos, para lidar com as situações que acontecem na escola e que vierem acontecer.  A capacitação dos profissionais envolvidos precisa ainda ser mantida, já que as adequações pedagógicas e curriculares ainda se mostram incipientes em várias áreas, e a formação dos educadores  que atendem os alunos mostra-se complexa exigindo muita reflexão e aprofundamento, já que o espaço escolar é rico e cheio de situações imprevisíveis.
            O processo de inclusão é uma atividade que requer tempo e investimentos e que deve ser contínua, na busca da igualdade para todos através de uma educação de qualidade.

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